A ministra da Cultura Martha Suplicy faz discurso, mas vai embora antes da exibição do longa de Breno Silveira sobre o Rei do baião
O filme que abriu o Festival do Rio na noite desta quinta-feira (27), no cine Odeon, centro da cidade, é a produção brasileira "Gonzaga - De pai para filho" , de Breno Silveira, sobre a vida do cantor e compositor Luiz Gonzaga, que faria cem anos em 2012.
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Bem menos cheio que nos últimos anos, o salão de exibição de gala, com capacidade para 300 convidados sentados, viu o drama de Gonzagão, desde sua adolescência em Exu, interior de Pernambuco nos anos vinte do século passado, até um reencontro definitivo - e emocionante - com seu filho, quando já era conhecido pelo País como o Rei do Baião. O filme, tenso e por vezes carregado no forte teor dramático de seus personagens fragilizados pela própria vida, arrancou aplausos dos presentes – inclusive do casal de diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris (de “A Pequena Miss Sunshine”).
Nanda Costa, uma das que participam do longa (ela interpreta a primeira mulher de Gonzagão, com quem ele teve o primeiro filho), comentou sobre a experiência de participar do longa. “Vi o filme agora, pela primeira vez. Achei o máximo. A cena mais tocante é essa em que ele retorna aos palcos pelo filho, que o perdoa após um longo e arrastado acerto de contas. É emocionante do começo ao fim”, disse a atriz, que teve que correr para casa logo após a exibição. Nanda teria gravação da novela “Salve Jorge”, às seis da manhã do dia seguinte.
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Contra os piratas
A exibição do filme atrasou bastante. Marcada para às 20h, a sessão de gala só teve início duas horas depois. A ministra da Cultura, Martha Suplicy fez o discurso de abertura do Festival. “É uma honra poder abrir um dos cinco maiores festivais do mundo. Sabemos da necessidade de inclusão social através da sétima arte, tendo como marco a qualificação da mão de obra audiovisual”, disse. Assim que as luzes se apagaram, ela e sua comitiva se retiraram do local.
Walkiria Barbosa e Vilma Lustosa, organizadoras da mostra carioca, estavam ainda no “red carpet” animadas com a maratona que se iniciaria. Durante 15 dias serão exibidos mais de 400 filmes, 74 deles nacionais. “É tudo de novo, com mais pique, com mais emoção, sempre”, disse Vilma. “A quinta maior economia do mundo deve e precisa preservar a propriedade intelectual combatendo a pirataria”, afirmou Walkiria, no discurso mais político da noite.
Enquanto Sabrina Sato e a turma do programa Pânico na Band aguardavam os famosos na saída do Odeon – Guilian Gam, Marcos Paulo, Daniel Oliveira e Antonia Fontenelle, entre outros –, a atriz Paola Oliveira dizia aos jornalistas o quanto o filme de Breno havia tocado seu coração. “Estou emocionada até agora. Foi além das minhas expectativas. Sem palavras. É uma história do povo brasileiro, para o povo brasileiro”, afirmou.
O filme “Gonzaga”, que estreia no circuito oficial no dia 26 de outubro, é mais uma parceria entre Breno Silveira e a roteirista Patrícia Andrade, que escreveu seus outros filmes: ''2 Filhos de Francisco'', ''Era Uma Vez...'' e ''À Beira do Caminho'' . Se no primeiro o diretor mergulhou na vida e obra de Zezé di Camargo e Luciano e em ''À Beira do Caminho'' contou uma narrativa recortada por canções de Roberto Carlos, agora com “"Gonzaga - De pai para filho” ele se consagra de vez como um cineasta que pensa a trilha sonora como roteiro de cinema. O público, até aqui, aprova.
Após a exibição para convidados, uma festa no Centro Cultural João Nogueira, antiga casa de shows Imperator, no Méier, zona norte da cidade, animou a todos. Ônibus fretados levavam os convidados até o outro lado da cidade. Uma marca de xampu, patrocinadora do festival, levou Taís Araújo, Ildi Silva, Grazi Massafera e Luiza Brunet para posar para os fotógrafos. Nem só de filmes vive um festival.
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