De Desktop

domingo, 10 de outubro de 2010

Projeto Ziraldo

O Projeto Ziraldo levará muita alegria e aprendizagem para as salas de aula da educação infantil até a quarta série. O bichinho da maçã fará parte deste grande repertório.
Conheça a história!

Agnaldo Timóteo Não É Eleito


Agnaldo Timóteo não se elege em São Paulo


Brasília - Agnaldo Timóteo foi mais um famoso que não fez sucesso nas urnas. Ele se candidatou para deputado federal pelo PR de São Paulo, mas seus 25.174 votos só conseguiram levá-lo à 156ª colocação nesta eleição.


O cantor mineiro começou sua carreira musical nas década de 1960. Na vida política, sua primeira conquista veio em 1982, quando foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro. Em 1994, foi reeleito deputado federal e em 1996 recebeu votos suficientes para ocupar a cadeira de vereador na cidade do Rio de Janeiro. Mas em 2005, a carreira de Timóteo tomou a ponte aérea e o cantor se elegeu vereador na cidade de São Paulo.

O ator Caratinguense Ton Silva participa do programa tribunal da tv na Band.

Reportagem do G7 Noticias

O ator Caratinguense Ton Silva tem uma participação como o personagem Lindomar no programa da band Tribunal na tv comandado por Marcelo Resende, o ator faz o papel de Lindomar que seria o irmão de Zoião o ator JB, Lindomar era um nordestino que morava no sertão Pernambucano e

tempos depois viria tentar a vida em São Paulo ele e seu irmão Zoião o protagonista.Ton Silva vem se destacando na midia brasileira em pequenos papeis, atuou também na série 9 milimetros do canal Fox como um policial militar, já participou de seis longas e 2 curtas, serie Aline da rede Globo e varias outras participações, no teatro ele ja protagonisou varios personagens.
Atualmente Ton esta em cartaz no teatro Sto Agostinho com a peça teatral Há dois mil anos dirigida pela diretora Alna Ferreira.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Não percam de ver o ator caratinguense Ton Silva nesta mais linda peça teatral


NÃO PERCA ESTE MAGNIFICO ESPETACULO TEATRAL: HA DOIS MIL ANOS. DA OBRA DE EMMANUEL PSICOGRAFADA PELO MEDIUM CHICO XAVIER.
ADAPTAÇÃO E DIREÇÃO: ALNA FERREIRA.
AGOSTO E SETEMBRO.
SABADO E DOMINGO AS 16:OOH.
TEATRO SANTO AGOSTINHO.
RUA APENINOS-118 LIBERDADE
METRO VERGUEIRO TEL 3209 4858
PREÇO ESPECIAL PARA GRUPOS
RESERVAS 9409 3729
REALIZAÇÃO : ARAUTOS DA LUZ
PARTICIPE DE UM RODIZIO DE PIZZA E CONVERSE COM OS ATORES DO ESPETACULO.

domingo, 11 de julho de 2010

Matéria feita com o ator caratinguense Ton Silva para o jornal reginal

Ton Silva de figurante a ator e produtor teatral

"Televisão não é arte. É produto" "Cinema e Teatro é arte"
diz o ator, produtor e diretor teatral Ton Silva, que venceu as fronteiras mineiras e tem participado de filmes, novelas e seriados da Rede Globo,Band, Record etc.. contracenando com grandes nomes da televisão brasileira.
"teatro sim, é arte".
Ton Silva Apesar de volta e meia estar presente nas telas, Ton Silva afirma que os convites não surgem por acaso. Segundo ele, a batalha é diária e a cada dia tem que matar um leão, ou seja, tem que levar seu currículo, fazer testes e esperar ser chamado.
De folga na região de origem, Ton veio rever a família e sua ligação com Caratinga é tão grande que ele prefere não ficar mais de 15 dias na cidade, com medo de acabar morando para sempre. É a velha briga entre o amor pela cidade e seu sonho de vencer na profissão.

A Região - Foi difícil pra um artista caratinguense chegar até o tão sonhado mundo do Cinema e tão pouco as telas das maiores emissoras de televisão?
Foi e continua sendo difícil. em São Paulo estão atores do Brasil inteiro a espera de oportunidade e, além da concorrência, há um preconceito muito grande por ser mineiro.

AR - Passada a etapa de ser chamado, o que mais é difícil para um ator mineiro?
O difícil é conseguir anular o sotaque quando é preciso, fazer o sotaque mineiro quando é preciso ou interpretar com o sotaque de outro local. Tem que se adaptar ao mercado.

AR - Você acredita que pode ter um contrato definitivo e participar de novelas da Globo ou outras emissoras?
Contrato definitivo é ilusão. O máximo que se tem na Globo ou as demais são dois anos de contrato e isso com atores consagrados. Além do mais, a Rede Globo não é uma empresa estável. Está passando dificuldades como qualquer outra. O que quero é conseguir um personagem bacana, como em Cidade dos Homens. Quando te dão uma oportunidade você consegue mostrar seu trabalho e sua qualidade como ator.

AR - Por que poucos nomes de Minas conseguem furar essa barreira?
Fernanda Montenegro diz que na carreira de ator 10% é talento e 90% é aptidão, ou seja, é batalha, é estudo, é perseverança, Se você almeja o sucesso e luta pelo seu ideal, com certeza chegará lá. Mas a Globo não é o meu foco final. Meu foco é cinema e Teatro. Televisão não é arte. É produto. Cinema e teatro sim, é arte. A televisão lhe dá uma exposição muito rápida. A TV me usa para vender os produtos dela e eu uso a televisão para me promover.

AR - Você deixou caratinga para conquistar o mercado. Você vive da arte?
Eu nunca vivi da arte más quero viver. Sempre fiz teatro e estive ligado às artes. Sai de Caratinga com 10 anos e todo o cachê que recebi da arte foi para minhas despesas de aperfeiçoamento profissional e ainda tive que tirar de outro sustento para encrementar, como foi para me manter no Teatro macunaima. sou ator más as vezes para me manter faço trabalhos de figurações más não mi envergonho com isso o problema e o preconceito contra os figurantes eles acham que figurantes nuncam chegam lá e são muito ignorados pela equipe de produção e sempre, acho que antes deles maltratarem um figurante eles deviam ler antes seu curriculum para saber se este e um simples aventureiro ou um profissional em decadencia.

AR - Há preconceito dos grandes artistas em relação aos novos ou figurantes?
Depende. Se eles sabem que você é um ator de teatro, a receptividade é muito boa, mas muitas vezes nem olham na sua cara. Lima Duarte, por exemplo, é um poço de sabedoria. Ele já fez muito pela televisão e recebe os novos atores como se ele tivesse começando naquele momento. Conversa, conta histórias, dá alguns toques, ajuda muito os novos atores, Daniel de Oliveira também e um cara legal mesmo em destaque não deixou a fama subir sua cabeça, fizemos algumas cenas juntos em um novo filme que esta para ser lançado chamado Boca do Lixo e ele me deu a maior força outros como Luciano Quirino, Dira paes, Sidney Santiago são atores excelente e nos ajudam, mas muitos outros que não irei citar os nomes se dependermos deles cairemos no primeiro degrau.

AR - Você fazia teatro em caratinga numa época mágica das artes?
Não, falta formação. Falta gente com insentivo, pois os que se deram bem na fama não dão a minima para a cidade agora que ouvir falar em uma casa de cultura de Ziraldo que e o cartunista nascido na cidade outro nome famoso, e o de Agnaldo Timótio mas não vejo ele oferecer insentivo mas eu me espelho muito no Agnaldo pela luta prospera que ele obteve e um exemplo para qualquer artista, a cidade e o estado precisa de insentivo a cultura para ter mais destaques na fama e elevar o nome da cidade e do estado, espero um dia poder contribuir para que isto aconteça Eu lembro que estudava na Escola Simflônio Fernandes e sempre gostava de participar das peças teatrais.

AR - Por que é tão difícil fazer arte em Caratinga?
O horizonte de Caratinga é lindo, mas ele aprisiona. Em montanhas não dá pra sobreviver de arte porque o público não tem poder aquisitivo para bancar uma temporada de teatro. Por conta disso você não tem atores dedicados somente à sua arte, precisaria de recursos, investimentos governamentais, seria dificil um curso ou um workshop com um ator famoso devido ao auto custo que ele teria para chegar ao local ou ate mesmo como o insentivo e pouco não teria nem alunos mesmo que ele se concentraçe em uma cidade vizinha ou seja todos nos temos que sair pras capitais em especial Rio ou SP para nos promover-mos.

AR - Tem que sair de caratinga para ser reconhecido?
Tem sim. Somente fora de caratinga e de Minas será possível sobreviver de arte. O próprio mercado de Minas está saturado. Uma prova disso é que somente alguns espetáculos mineiros conseguem ficar uma boa temporada em cartaz.

AR - Nessas andanças você tem levado o nome de caratinga na bagagem?
Eu sempre vou levar. esse e meu objetivo levar o nome de minha cidade e origem ao mundo um dia quero voltar pra caratinga e poder dizer hoje todos conhecem nossa cidade fico muito chateado com tantos nomes famosos que nossa cidade tem e parece que eles se escondem e não divulgam. todos os programas que vou me sinto a honrrado em dizer sou da cidade de caratinga leste de Minas Gerais, quando puder irei abrir uma escola de teatro na cidade e mantida somente pelo meu recurso e doações e vamos montar o maior grupo teatral de Minas Gerais.

AR - Há curiosidade por parte dos artistas quando você diz que é de Caratinga?
Caratinga teve o seu divulgador maior, Agnaldo Timótio. Apesar disso, as pessoas de fora perderam a referência, porque Caratinga não tem sido divulgada.

Enquanto a cidade não tiver crescimento cultural, vai ficar no esquecimento. A cultura é a referência de uma cidade. Se não trabalhar a cultura, a cidade definha principalmente uma cidade que não tem turismo ou outras coisas que atraem a população ela e sempre anônima.

AR - Como fica o coração de Ton Silva, dividido entre a sua cidade e o seu sonho?
Meus amigos estão todos aqui, minha família está aqui, minha filha está aqui, mas ao mesmo tempo eu não quero ficar mais de 15 dias em Caratinga porque tenho medo de ficar. Ela é acolhedora, mas ao mesmo tempo dá tristeza ver a cultura relegada.

AR - O que está faltando?
Falta as autoridades abrirem os olhos e ver o quanto é importante a cultura para a cidade. É bom lembrar que a iniciativa privada também tem responsabilidade, igual a qualquer governante. Tem que patrocinar os artistas e as produções culturais. É uma negligência dos empresários de Caratinga achar que não devem patrocinar a cultura. E a culpa é também dos artistas, que não se manifestam. Para que Caratinga seja um centro de cultura todos têm que abrir os olhos.

AR - você estará participando da nova série 9 milimetros o que você acha vai ser sucesso mesmo por ser exibida em um canal pago.

Tenho certeza que sim, mesmo por que o canal Fox e um dos canais pagos mais requisitado pelo publico devido a diversidade de filmes que ela apresenta e essa e a nova série, pois o sucesso da primeira foi muito grande e para mim esta cendo uma experiencia ótima , pois nesta série tem muita ação e eu atuando como policial militar estou sempre a posto a maioria das gravações foram feitas nas ruas da cidade de São Paulo era o muito engraçado as pessoas, achavam que eu era policial de verdade então quando tinha cenas em ruas movimentadas o povo parava achando que tinha algo grave acontecendo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Marcelo Dourado vence o “BBB 10″ com 60% dos votos

BBB 10 – Big Brother Brasil 10

Fábio Cordeiro/ QUEM / Dourado 2

Marcelo Dourado é o vencedor do “Big Brother Brasil 10″. O lutador, que já havia participado do “BBB4″, recebeu 60% dos votos e ganhou R$1,5 milhão. Ele chegou até a final após conquistar a possibilidade de participar novamente do programa.

Fernanda ficou com 29% e ganhou R$ 150 mil. Cadu, o terceiro colocado, abocanhou 11% dos votos e R$ 50 mil. O paredão de terça-feira (30) bateu o recorde da história dos BBBs no mundo todo, com mais de 150 milhões de votos, de acordo com Pedro Bial.

Fábio Cordeiro / QUEM / Dourado

Depois de ter enfrentado o repúdio dos outros participantes e ser visto como “repetente”, o brother conquistou a simpatia ao longo do programa – principalmente do público. Como lembrado ainda por Bial, durante o discurso, o lutador cativou também duas “mães”: Joseane, que o escolheu para jogar novamente e lhe deu a primeira imunidade do anjo, e Eliane que o acolheu. Polêmico, o lutador travou discussões e uma relação conturbada com Dicesar, que até a chamou de homofóbico em uma conversa com Eliane.

Ao ser questionado o que mudou entre uma edição e outra que participou, Dourado respondeu: “Estou tentando voltar para a Terra. Nas minhas derrotas, eu perco para ganhar. Eu sou vencedor hoje por tudo o que eu já perdi e já sofri”. Ele ganhou uma camisa do Internacional, seu time do coração, e a vestiu.

Reprodução

Trajetória

Presenteado pelo público com o Poder Supremo, que lhe garantia o direito de mudar a decisão do líder, do Anjo, da casa ou do Big Fone, Dourado trocou de lugar com Eliéser e escapou do Paredão que resultou na eliminação de Alex.

O lutador também cumpriu um Castigo do Monstro ao lado de Angélica, pulando amarelinha vestido de criança. Dias depois, ganhou a Prova do Anjo e venceu nova votação popular, que desta vez lhe valeu um carro zero quilômetro.

Algumas polêmicas marcaram a estadia de Dourado na casa mais vigiada do Brasil. Com Dicesar, ele viveu uma relação conturbada, repleta de aproximações e desentendimentos. Certa vez, em conversa com Eliane, o maquiador chamou Dourado de ‘homofóbico’. Com outro homossexual da casa, Serginho, ele se estranhou e se disse incomodado com papos do estudante sobre sexualidade na mesa de jantar. Sérgio declarou que Dourado ofendeu a sexualidade dele, mas os dois se entenderam pouco tempo depois.

Já com Angélica, as relações foram rompidas. Após insinuar para Dourado que ele teria “dois pesos e duas medidas” e contar sobre o papo para alguns brothers, a sister se tornou desafeto do gaúcho, que afirmou não querer mais olhar na cara dela. O sentimento, pelo menos, foi recíproco. “Pra mim você não está nem mais na casa”, Angélica disse.

Com Anamara, a briga aconteceu após ele receber o voto dela no confessionário, numa semana em que baiana comentou que ele não era sua opção. Dourado chamou a sister de “cínica” e “hipócrita” e a ouviu dizer que votaria nele até o final do programa.

A última semana de Dourado na casa mais vigiada do Brasil foi intensa. Na terça-feira passada (23), após a eliminação de Anamara, houve novo desentendimento com Dicesar. “O Brasil vai fazer você calar a boca”, o maquiador disse, bastante alterado, enquanto Dourado vibrava com a permanência de Lia. O lutador devolveu a provocação, chamando Dicesar de “puxa-saco e mentiroso”. No dia seguinte, o gaúcho foi conhecer uma fábrica de chocolates. Na sexta-feira, em brincadeira realizada dentro da casa, Dourado ganhou um refrigerador, uma TV, um celular e um cartão-presente no valor de R$ 5 mil.

Bookmark  and Share

Comments are closed.

Comentar

Final BBB10 A grande final da décima edição do Big Bother Brasil contou com o show da cantora Ivete sangalo. Veja as Fotos!Final BBB10 A grande final

Final BBB10

A grande final da décima edição do Big Bother Brasil contou com o show da cantora Ivete sangalo. Veja as Fotos!


Ivete Sangalo se apresentou ao vivo durante a final do BBB10


quarta-feira, 31 de março de 2010

Mineirinho de Maceió no Trem do Riso



O espetáculo é um desfile de tipos cômicos como o kikide, um velho funcionário de produções teatrais que quer mudar de carreira sendo velhinho de programa; Osório, que não consegue parar de rir, a Pantera Cor de Rosa, indignada por não ter podido escolher a sua própria cor, o Anão Político revoltado pela falta de visibilidade do seu partido, e o maestro Olivett, que rege a platéia com grande versatilidade em um dos quadros mais marcantes da peça.
Mineirinho de Maceió no Trem do Riso é um espetáculo onde o ator e a platéia dividem não somente o mesmo espaço,[...]

terça-feira, 23 de março de 2010

Pesquisa aponta que o brasileiro tem pouco acesso à Cultura Matéria veiculada no Repórter Brasil, TV NBR, em 27/02/2010

Vale-cultura pode ser aprovado nas próximas semanas

ABr, Brasília – Redação, em 12/03/2010

O projeto que cria o vale-cultura, em tramitação no Congresso Nacional, prevê investimento de R$ 7 bilhões, beneficiando 1,4 milhão de trabalhadores no país. De acordo com o projeto, cada beneficiário receberá ajuda mensal de R$ 50, para custear entradas de cinema, de teatro e para participar de promoções culturais, além de poder comprar CDs e DVDs.

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, prevê que a proposta seja aprovada nas próximas semanas. Ela já tinha sido votada na Câmara Federal e foi encaminhada ao Senado, onde sofreu alteração, e por isso teve que retornar à Câmara.

Para o ministro, o vale permitirá o fortalecimento da cultura no país. Cada beneficiário receberá um cartão magnético que garantirá controle absoluto do uso, pois o sistema de barras não permitirá a compra de produtos piratas.

Em entrevista nesta sexta-feira ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ferreira argumentou que a proposta “não terá problema [para ser aprovada], porque é uma das mais consensuais” na área da cultura, entre as que tramitam no Congresso Nacional.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Vamos de sua opinião!!! servirá de abaixo assinado


Caratinga mereçe ou não um Centro Cultural???

Questão de peso Teatro

Questão de peso


Após grande temporada de sucesso no Rio de Janeiro, chega a São Paulo o espetáculo Gorda. Estrelado por Fabiana Karla, a peça leva ao palco temas fortes e faz o público cair no riso

Por Marcus Oliveira





Foto: Rodrigo Castro

Fabiana Karla vive a protagonista Helena no espetáculo Gorda

Nos bastidores, entre o figurino do espetáculo, há algumas roupas um tanto quanto maiores que as habituais. Logo, elas recebem destaque, afinal uma lingerie erótica e um maiô GG não são comuns nos palcos. Mas essa realidade é completamente o oposto quando o assunto é a peça Gorda. Depois de uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro e a soma de mais de 25 mil espectadores, é a vez do Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, receber o espetáculo escrito pelo norte americano Neil Labute e com direção do argentino Daniel Varonese.

Desta vez quem brilha no tablado é Helena, vivida por Fabiana Karla. Mesclando o sucesso de suas personagens no humorístico Zorra Total, da TV Globo, como a Dra. Lorca, a atriz deixa de lado o humor escrachado para dar vez a uma personalidade da vida real, que ao contrário de muitas mulheres, não tem preocupação obsessiva com curvas perfeitas e seus quilos a mais. Enquanto o namorado Tony (Michel Bercovitch) defende seu relacionamento com ela, precisa vencer preconceitos externos e suportar as piadas dos amigos de escritório Caco (Mouhamed Harfouch) e Joana (Flávia Rubim). Nesse enredo surge a dúvida: Quanto pesa o amor nos dias de hoje?

É a própria Fabiana Karla que nos responde a respeito. A atriz fala sobre o desafio de usar roupas íntimas no palco, tabus com relação ao peso, carreira e influências. Confira!

Guia da Semana: Quais suas expectativas para a estreia em São Paulo?
Fabiana Karla: Já havia visto como se comporta o público carioca e com a pouca experiência que tenho com o público paulista, arrisquei e vi que o carinho e a receptividade foram enormes. Fico confortável, pois sei que temos um produto de qualidade na mão. Sei também que o público não vem assistir a Fabiana Karla do Zorra, mas sim, ver um bom trabalho, o texto, os atores e autores. Fiquei lisonjeada quando a peça veio para São Paulo porque é um selo de qualidade. O povo paulista sabe reconhecer quando a peça é boa.

Guia da Semana: A peça fala de uma mulher que enfrenta um dilema em relação ao peso. Acha que de certa forma é uma crítica à ditadura da beleza?
Fabiana: Falamos de preconceito em um geral. Ela foi escrita em uma fase que o Labute estava de regime e entrou para esse mundo. Mas na peça levantamos outros vários preconceitos. É uma comédia elegante, transformadora. A intenção é fazer com que os espectadores saiam transformados. Quando se trata de preconceito, a comédia e o drama andam de mãos dadas. Quem está oprimindo acha graça da pilha que está colocando e o oprimido fica em uma situação desfavorável. Há uma linha muito tênue entre os dois.

Guia da Semana: Ao mesmo tempo que aborda a questão do peso, o espetáculo fala sobre relacionamento. Acha que a aparência influencia em uma relação?
Fabiana: O empecilho na relação dos dois é o preconceito que as pessoas depositam nele. Às vezes é difícil ser herói das causas que acreditamos. Tem gente que não segura à onda. Quando a peça termina muitas pessoas me procuram para dar depoimentos de preconceito, é bem legal. Fico feliz em fazer um trabalho com uma missão, ajudar pessoas vítimas de algum tipo de preconceito. Acho que para estética influenciar depende dos valores de casa um. É a velha questão: 'para você, quanto pesa o amor?'. Não o peso físico, mas sim o de verdade, segurar por uma causa que você acredita. Existem outros atributos em uma relação e vai da fraqueza e limite de cada um lidar com isso.

Foto: Rodrigo Castro

Em cena durante o espetáculo Gorda, ao lado de Michel Bercovitch

Guia da Semana: Já viu acontecer uma situação semelhante a peça com alguma amiga ou já passou por isso?

Fabiana: Não. Quando comecei a dar entrevistas sobre a peça, percebi que eu nunca havia sido ultrajada por ser gorda. Fui criada com uma autoestima muito bem trabalhada. Tive a oportunidade de ser magra na adolescência, quando fiz uma dieta pesada e perdi peso. Mas depois eu descansei, fiquei tranquila, fui mãe. Hoje em dia existem tanto mecanismos para ajudar a ficar magra. Se eu quisesse eu teria ido atrás.

Guia da Semana: Já pensou em fazer alguma cirurgia para eliminar peso?

Fabiana: Já passou muitas vezes pela minha cabeça. Eu me sinto bem do jeito que eu estou. O difícil é fazer com que as pessoas entendam isso. (risos)

Guia da Semana: Como foi a preparação para viver a personagem Helena?
Fabiana: Foi bem difícil. Como a peça é uma co-produção argentina, contamos com os diretores e eles nos ajudaram muito, inclusive o Daniel Veronese. Eu e Michel bebemos da mesma fonte. Foi a primeira fez que fiz um par romântico e lidar com isso foi complicado. Eu sempre fui bem resolvida com meu peso e chegar ao ensaio e de repente ouvir: "Ela é uma porca gorda", não é uma coisa nada fácil. Ninguém nunca me colocou assim, eu sou muito vaidosa. E não é a questão da aceitação, mas sim da vaidade. A pessoa pode ser gordinha, mas precisa ser elegante, tanto que quando a galera foi escolher o figurino eu fiz questão de participar.

Guia da Semana: Nessa questão de figurino, há algum tipo de receio em ficar de lingerie e maiô no palco?
Fabiana: Eu fiquei muito preocupada. Não pelo maiô em si, afinal eu vou à praia, sou tranquila com isso. Eu estou representando uma classe e queria fazer isso bem. Queria que a gordinha que fosse assitir me visse lá e se sentisse bem. O palco me protege muito, escolhi um figurino legal e pensei: "Não posso tratar de preconceito se não estiver bem resolvida e segura do corpo". Isso não faz minha personalidade. Se eu me propuser a fazer eu faço, não queria que nada me deixasse restrita.

Guia da Semana: Quando decidiu seguir a carreira de atriz?
Fabiana: Por ser nordestina, já tinha um humor natural. Sempre gostei muito da Dercy Gonçalves e eu queria para mim aquilo que ela fazia, gostava de fazer as pessoas rirem. É muito bom porque eu tenho a oportunidade de ser tudo em uma só. Uma coisa meio camaleoa. Quis ser advogada e vendo bem existe uma coisa de teatro por trás de tudo também, mas desisti (risos). Eu gosto de contar histórias.

Foto: Rodrigo Castro

No elenco Flávia Rubim, Michel Bercovitch, Fabiana Karla e Mouhamed Harfouch

Guia da Semana: Você é conhecida por seu uma atriz de comédia. Tem receio de ficar rotulada a fazer apenas papéis cômicos?
Fabiana: Não e por isso eu topei fazer Gorda. O papel da Helena me dá a oportunidade de mostrar uma outra vertente minha que envolve mais sentimentos, realidade. A produção da peça me percebeu e isso foi muito interessante. Na minha personagem do Zorra eu faço uma coisa muito diferente, caricata. E foi difícil guardar o jeito, a peruca, a caricatura, a interpretação e amarrar os braços e pernas para fazer uma pessoa que eu olharia no palco e pensaria: Eu conheço alguém assim. Aprendi muito com esse papel.

Guia da Semana: Você tem uma rotina agitada de gravações e apresentações. Faz algum tipo de dieta e atividade física para ajudar a manter o pique?
Fabiana: Eu estou correndo muito ultimamente. Agora, pasme e ria: toda a disciplina que eu tenho hoje na minha vida profissional devo ao esporte. Sempre joguei vôlei, basquete, handebol. Fiz natação também, mas eu passava mal. Sou uma pessoa que pensa muito e ficar ali na água sozinha, nadando, me deixava nervosa. Não gosto de malhar, preciso me entreter para fazer exercício. Então faço esporte, dou uma caminhada na praia. Não faço dieta, mas não fico parada. Sou muito vaidosa, cuido muito da pele, vou sempre ao dentista, cuido do cabelo, etc. E para me manter bem esteticamente cuido da alimentação e não como fritura, por exemplo. Pensam que eu como tudo o dia todo, mas não sou assim não.

Guia da Semana: E a ideia do papel da Dra. Lorca, como surgiu?
Fabiana: Comecei com a Lucicreide, depois veio a Gislaine. Eles me passaram o roteiro e eu temperei o que eles me deram. Preciso sempre colocar minha cara, porque a minha matéria prima é o povo e eu preciso ficar próximo dele. Tento aproximar meu personagem das pessoas e vem dando certo. E com a Lorca foi o mesmo. Coloquei muitas coisas nela, fora os improvisos que rolam nas gravações.

Foto: TV Globo/ Georgeana Godinho

Na pele da Dra. Lorca no programa Zorra Total

Guia da Semana: Em alguma fase da carreira ser gordinha te prejudicou?
Fabiana: Nunca. Pelo contrário. Fico até com medo que as pessoas pensem que eu faço disso um negócio. Abri uma grife de lingerie e roupas para gordinhas. Tudo bem, agora estou unindo o útil ao agradável, mas não deixa de ser também um serviço prestado. Tenho medo que pensem que estou fazendo apologia à gordura e não é. Sempre fiz isso, mas para o bem estar. Como alguém pode começar uma nova etapa da vida se sentindo mal? Não dá. As pessoas precisam aprender a se aceitar. Por estarem gordas, por exemplo, começam a se sabotar pensando que vai dar certo começar um regime e não vai.

Guia da Semana: Acha legal o humor stand-up?
Fabiana: Nunca me aventurei por ele, mas acho interessante. Alguém tem que fazer o que eu não faço, né? (risos). Só não gosto do humor que ultraja, que ri do banguelo, de quem caiu, não acho legal porque é muito óbvio. Algumas pessoas têm apelado um pouco e não é que eu queira fazer a linha do politicamente correto. Às vezes você perde o amigo, mas não perde a piada. Mas é preciso cuidado, porque falamos de vidas, pregamos o não bullying e praticamos? É errado.

Guia da Semana: Qual sua dica para as pessoas que se acham limitadas por estarem acima do peso?
Fabiana: Elas devem procurar mecanismos para serem felizes e não ficarem griladas com isso. Se observarem e se amarem mais. Porque assim o resto flui. É uma questão de aceitação e olhar para si e enxergar o que tem de melhor. Se nós cuidamos de dentro, reflete no rosto e uma alma feliz ilumina a face.

Serviço:
Local: Teatro Procópio Ferreira
Preço: R$ 60,00 (sexta e domingo) e R$ 70,00 (sábado).
Data: 12 de março a 02 de maio de 2010.
Horário: Sexta e sábado, 21h30; domingo, 19h.






TEATRO


A Menina e O Poeta




Peça conta a história de um andarilho com poder de despertar o amor e dominar as palavras no Teatro Brigadeiro




EDITORIAL

O Teatro Brigadeiro recebe a temporada da peça A Menina e O Poeta, com texto inédito de Ozanah Ferreiro. A montagem é resultado de três anos de pesquisa da companhia teatro Dom Caixote. O espetáculo comemora os 40 anos de carreira de Beto Silveira.

Usando canto, dança e elementos de circo, a comédia conta a história de Amélia e sua família. Trabalhadores do campo e vendedores de flores na feira, eles vivem tranquilamente até a chegada de um andarilho. Ele é capaz de dominar as palavras, despertar o amor e desvendar os mistérios do mundo. O andarilho passa, então, a emergir sentimentos e segredos na comunidade da Vila dos Amores.

Ficha Técnica
Direção: Luiz Felipe Petuxo
Texto: Ozanah Ferreiro
Com Beto Silveira, Agatha Paulita, Bianca Carinhanha, Ligia Chen, Ozanah Ferreiro, Patricia Maia, Roberto Furlai, Sandra Nagy, Vitor Faria e Zeno Silveira

CARATINGA MEREÇE OU NÃO UM CENTRO CULTURAL